Não existe lixo na natureza, tudo que é criado é transformado e reaproveitado. Nós é que inventamos o lixo. Portanto, é nossa responsabilidade dar um destino adequado á esse subproduto de nossa existência. E isso começa com cada um de nós, em nossas atitudes diárias, onde quase tudo que descartamos para a lata de lixo pode e deve ser reaproveitado.
Precisamos re-aprender a separar o lixo. Separando o lixo em casa, podemos criar no fundo do quintal um minhocário ou composteira, onde destinamos nosso lixo úmido, criando uma excelente fonte de adubo orgânico para plantas. Além disso, as com a separação e coleta seletiva estaremos:
- evitando a contaminação do material, por exemplo, uma pilha usada em contato com a umidade de cascas de frutas ou restos de alimentos, irá liberar mais rapidamente os metais pesados, que fazem parte de sua composição e que causam graves problemas de saúde em seres vivos;
- melhorando substancialmente a qualidade do material seco, por exemplo, um papel ou papelão seco tem um valor comercial no mercado de reciclagem, mas se tiver úmido ou suja não vale nada. Estaremos facilitando a vida dos catadores, que realizam um trabalho de coleta de materiais em lixeiras, depósitos e lixões;
- facilitando grandemente o trabalho dos separadores, trabalhadores existentes nas usinas de triagem ou separação de lixo. Quando o material chega separado, é muito mais fácil e muito mais "saudável" a separação. Quando o material vem misturado (lixo seco e úmido), chega já com cheiro ruim e o lixo seco com baixíssima qualidade;
- colaborando para diminuir os focos de doenças nos lixões. Nestes locais, a concentração de moscas, mosquitos, baratas e ratos são grandes, devido ao lixo úmido em decomposição, misturado ao lixo seco;
- colaborando para a economia do município, pois se os catadores venderem o material seco, este dinheiro fica no município, ao contrário seria "enterrado" no "lixão" do município.
Na verdade, não precisamos separar, é só não misturar. CARLOS MINUZZI ROSSATTO
CRBIO 53526-03